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terça-feira, 13 de abril de 2010

Agulha e dedal


Nem sei bem como começar. Talvez pelo espanto, ou pela estranheza, ou ainda pela incompreensão simples. Falam os ilustres economistas desta Europa a "uma data deles" que a solução para o problema grego, passa pela atribuição de um empréstimo aos ditos, no simpático valor de 30 mil milhões de euros. Este será um esforço repartido por todos (uma data deles) excepto os gregos (por razões óbvias). Dada a pequenez de Portugal, cabe-nos uma fatia de responsabilidade de "apenas" 775 milhões de euros.
Até aqui, sabendo da união política e monetária, da solidariedade entre os povos da Europa e ainda que o fogo na casa do vizinho pode chamuscar a minha, até aqui eu entendo. O que falta esclarecer é o facto de uma economia da zona euro chegar a este estado (e há mais países na calha) e como é possível que o BCE aceite relatórios de contas de países que se vieram a provar serem baseados em dados falsos. A falta de controlo das contas que até pode justificar a eleição de algum vice do BCE, mas é um incompreensível pano de fundo para a sustentação de uma das mais fortes moedas do mundo, senão a mais forte. Também aqui este gigante talvez tenha pés de barro. O espantoso em tudo isto é saber que de facto a ajuda vai para a Grécia mas para servir exactamente de quê?...Aplicada onde?...Controlada por quem?.... .
Será que o BCE pode assegurar que estamos a investir na Grécia ou apenas a deitar milhões num saco sem fundo? . Talvez fosse boa ideia cozer o saco em primeiro lugar. Sugiro agulha, linha e dedal.