Powered By Blogger

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Lisboa



As placas indicam o caminho. Não há que enganar.
Qual o destino?
Procura-se uma tasca simpática sem descobrir se a fome existe.
Desce-se a calçada com o mesmo intuito com que se sobe.
Por mais que se vagueie por ruas gastas de serem vistas e revistas.
O que fazer?
As placas indicam o caminho. Não há que enganar.
Procura-se o diferente, com um olhar igual.
Arrastam-se as memórias, prontas para um arquivo a criar.
Avança-se com determinação por sonhos ainda por sonhar.
As placas indicam o caminho. Não há que enganar.
Procuram-se os encantos escondidos no caos urbanístico.
Cheiram-se flores e castanhas no meio de pobres e miseráveis.
Acariciam-se bancas de alfarrabistas, á procura de nada.
Contemplam-se sapatos apressados em todas as direcções.
Para onde vão?
As placas indicam o caminho. Não há que enganar.

2 comentários:

  1. As placas indicam o caminho. Não há que enganar Mas se se Procura o diferente, com um olhar igual... caminha-se em círculo, num redondo. Não se encontra o diferente com um olhar igual (daí que as placas indiquem o caminho... OK) ;)
    Interessante, este texto! Profundo.

    ResponderEliminar
  2. A ideia é retratar quem olha igual á procura do diferente e ainda assim fica á de uma força estranha que o ajude a chegar lá, as placas.Muito obrigado pela visita Paula.

    ResponderEliminar